sábado, dezembro 07, 2013

Duca Leindecker apresenta o novo trabalho “Voz, Violão e Batucada” hoje no teatro do CIC


A última vez que Duca Leindecker pisou em um palco de Florianópolis foi ao lado do músico e amigo Humberto Gessinger com o Pouca Vogal, projeto que reunia canções de ambos em uma parceria de sucesso que durou quatro anos e resultou em um álbum de estúdio e outro ao vivo. A dupla não divide mais os microfones desde 2012, mas Duca retorna hoje à Ilha para apresentar seu novo trabalho, o solo “Voz, Violão e Batucada”, no teatro Ademir Rosa, no CIC (Centro Integrado de Cultura).
Lançado em abril deste ano, o disco traz uma proposta totalmente diferente de tudo o que o músico gaúcho havia feito ao longo da carreira que já soma mais de duas décadas, mas ainda adota referências de seu projeto ao lado do líder dos Engenheiros do Hawaii. “Foi um caminho natural fazer um disco solo depois do Pouca Vogal, o Humberto lançou o dele também. Agora eu pude explorar novas técnicas, fiquei mais livre para experimentar”, conta. Nas dez faixas que compõem o trabalho, todas inéditas e uma em parceria com Gessinger, Duca encarna o “homem-banda”, tocando e batucando na caixa do violão, no bombo leguero (instrumento de percussão de origem argentina), no pandeiro e, claro, cantando. Esse é o segundo álbum solo de Duca, que em 1988, aos 17 anos, chegou a lançar um LP.
Na primeira metade do show, ele surge sozinho no palco com toda a parafernália, para em seguida dividir o espaço com outros dois músicos convidados, formando um virtuoso power trio. O repertório contempla uma mistura de músicas de toda a carreira de Duca, incluindo canções dos sete álbuns lançados frente à banda Cidadão Quem, formada no começo da década de 1990, por ele, o irmão Luciano Leindecker, que ainda o acompanha frequentemente nos shows, e o amigo Cau Hafner.

Sempre em movimento
Não bastasse a agenda cheia para os shows e divulgação de “Voz, Violão e Batucada”, Duca, que sem pestanejar admite “não parar nunca”, ainda tem colhido os louros de outra de suas paixões: a literatura. Em outubro ele lançou seu terceiro livro, “O Menino Que Pintava Sonhos”, onze anos depois da segunda publicação de sua autoria. “Eu não achava legal nada do que escrevi ao longo desse tempo, mas nunca parei. Aí agora lancei esse livro, que foi muito bem de crítica e de público”, afirma. A obra lançada pela editora L&PM provocou longas filas nas sessões de autógrafos em Porto Alegre e São Paulo.
Mas para 2014 os planos já são outros. Em comemoração aos 20 anos do Cidadão Quem, o grupo voltará a se reunir para uma turnê que trará os maiores sucessos desde o lançamento do disco “Duas Caras”, em 1993. Os cinco anos de hiato da banda foram quebrados em novembro com um show em Porto Alegre, que serviu para anunciar a série de shows que começa em janeiro em diversas cidades, dar uma prévia do que os fãs vão encontrar e ainda apresentar ao vivo o novo single “Nosso Próprio Mar”. De acordo com Duca, as datas da turnê devem ser divulgadas no final de dezembro.


Publicado no jornal Notícias do Dia.