sexta-feira, dezembro 28, 2012

Fãs de O Hobbit aprovam exibição do filme com novo sistema de som Dolby Atmos



Na América do Sul a inovação é exclusividade do Cinesystem Iguatemi, que também exibe primeiro filme da trilogia O Hobbit em High Frame Rate

Primeiro cinema da América do Sul a receber a inovação Dolby Atmos, que distribui até 128 canais de áudio em uma única sala, o Cinesystem Iguatemi tem encantado os fãs de O Hobbit desde a semana de estreia. A grande novidade começa na nova configuração do som nas salas, que distribui alto-falantes também no teto. “Um exemplo interessante de como o sistema transforma a experiência dentro de uma sala de cinema é o som da chuva. Com ele, a sensação é de que o som vem de cima, na vertical”, afirma Sâmara Kurihara, gerente de Marketing da Rede Cinesystem.
A novidade foi facilmente percebida por quem deixava a sala 4 do Cinesystem Iguatemi após as sessões de O Hobbit: Uma Jornada Inesperada. “A diferença no som em relação a outros filmes que assisto é muito grande. Deu para notar principalmente em cenas com barulho de água, cachoeiras” afirmou a professora Célia Regina Silva, que acompanhava os filhos, também empolgados com a inovação.
O Dolby Atmos utiliza uma técnica chamada ‘renderização adaptiva’, que direciona o som com diferentes intensidades em cada caixa, provocando uma sensação mais precisa de onde ele vem. Isso permite que os engenheiros responsáveis escolham o local de reprodução do som, em qualquer parte da sala de projeção.

A perfeição do High Frame Rate

         A sala 4 do Cinesystem Iguatemi também tem o privilégio de ser uma das poucas no país a exibir o primeiro filme da trilogia de Peter Jackson em High Frame Rate (HFR), projeção cinematográfica que se aproxima ao que o olho humano tem capacidade de assimilar no cotidiano.
Em uma tradução literal do inglês, HFR significa alta taxa de quadros. Na linguagem técnica do cinema, representa a captura de 48 a 60 frames por segundo. “Há mais de 80 anos a indústria cinematográfica utiliza o formato de 24 frames por segundo. Com o HFR, os cinemas passam a projetar com uma taxa de quadros maior, aproximando a imagem ao máximo que os olhos conseguem enxergar. Isso aumenta a riqueza dos detalhes percebidos, inclusive para sessões 3D”, explica Sâmara. E os fãs confirmam.
Aproveitando a tarde chuvosa de férias para curtir um cinema, as irmãs Nathalia e Gabriela Weigert e a amiga Julia Barciki saíram da sala impressionadas. “A diferença no som e na projeção é enorme. Tem uma cena do Sméagol em que a imagem faz uma volta de 360º que deu até medo!”, divertiu-se Nathalia. “A perfeição da imagem causa uma sensação de irrealidade, mas é boa. Acho que é uma questão de se acostumar”, concluiu Gabriela.
Quem ainda não assistiu O Hobbit: Uma Jornada Inesperada em HFR e Dolby Atmos pode garantir a sessão diariamente – exceto em 31/12– às 18h30 e 22h, até a próxima quinta-feira (3).

segunda-feira, dezembro 10, 2012

Berlanda inicia campanha de Natal e já prevê abertura de até 15 unidades em 2013


Melhor data do varejo deverá representar à rede crescimento de 15% em relação ao ano passado

Com investimento de R$ 1,5 milhão, a Berlanda, maior rede de varejo de Santa Catarina em número de lojas, começa no próximo domingo (25) a veicular sua campanha de Natal. Com o mote “Natal Família Berlanda”, este ano o foco será institucional e pretende fortalecer a confiança dos consumidores na marca, deixando de lado os grandes sorteios para dar lugar a uma maior aproximação com o público e distribuição de brindes em compras.
Segundo Gilson Bogo, gerente comercial da rede, a expectativa é de um Natal com ótimas vendas e um crescimento de 15% em relação ao ano passado, tendo a tecnologia como carro-chefe. “Itens como celulares, iPods, tablets, notebooks e televisores LED 3D estarão entre os mais procurados. Para as crianças, os brinquedos motorizados devem ser os favoritos”, estima Bogo.
Perspectivas - Este ano a Berlanda inaugurou duas unidades – em Rio de Sul e Coronel Freitas –, e encerra 2012 com 191 lojas e um incremento de 15% nas vendas. Para o próximo ano a perspectiva é de um crescimento maior, com abertura de até 15 pontos de venda.

quinta-feira, novembro 29, 2012

Brad Pitt chega às telas do Cinesystem Iguatemi com o suspense O Homem da Máfia



Comédia nacional com Marcelo Adnet e Mariana Ximenes é outra novidade na programação
Com elenco brilhante formado por Brad Pitt, Javier Bardem, Richard Jekins e Mark Rufallo, O Homem da Máfia chega às telas do Cinesystem nessa sexta-feira. Baseado no livro homônimo de George Higgins, o filme companha Jackie Cogan (Pitt), um matador profissional contratado para investigar um assalto a um jogo de pôquer ilegal entre integrantes da máfia de Nova Orleans. Com discrição, os chefões da máfia desejam que os responsáveis pelo crime sejam punidos, porém, quando inicia a investigação, Cogan percebe que a máfia não é assim tão inocente.
Outro filme que entra em cartaz esta semana é o longa brasileiro Os Penetras, estrelado pelos comediantes Marcelo Adnet e Eduardo Sterblitch (o Freddy Mercury Prateado do programa Pânico na TV). A dois dias do ano novo, o tímido e apaixonado Beto (Sterblitch) viaja ao Rio de Janeiro para tentar reatar com sua amada Laura (Mariana Ximenes). Após ser mais uma vez desprezado, decide se suicidar. Quem o salva da morte é Marco Polo (Adnet), um sujeito bem-humorado e manipulador que promete conversar com Laura e convencê-la a reatar com seu novo amigo, sempre tirando vantagens de sua fragilidade. Passando pelas mais badaladas festas de réveillon cariocas, os planos do vigarista mudam quando ele finalmente conhece Laura, uma mulher tão sedutora e tão manipuladora quanto ele.

sexta-feira, novembro 02, 2012

Marília Veiga & VEKA Brasil, parceria consolidada em livro sobre decoração



A EuroSystem, credenciada da VEKA Brasil em São Paulo, é uma das apoiadoras do livro “Marília Brunetti de Campos Veiga Interiores”, da decoradora Marília Veiga. Especializada em design de interiores há mais de três décadas, nos últimos anos Marília tem utilizado o material da VEKA em praticamente todos os projetos onde há troca de caixilhos, tanto residenciais quanto comerciais.
“Quando projetamos não podemos pensar apenas em design, temos que levar em conta questões como praticidade, segurança, conforto, durabilidade e manutenção. O PVC agrega todas essas características somadas ao bom design”, afirma a decoradora, que é adepta do material em seu próprio escritório, no bairro Alto de Pinheiros, na capital paulista.
Em seu livro, lançado em setembro pela Mix Editores, Marília aborda importantes temas relacionados ao seu trabalho, como sensações, aconchego e identidade. Além disso, traz uma seleção de 10 projetos e quatro mostras de decoração.

Custo da Construção em SC tem aumento de 0,25% para novembro


Segundo apuração do Sinduscon da Grande Florianópolis, Custo Unitário Básico (CUB) para o mês vale R$ 1.198,03

O Custo Unitário Básico (CUB) da construção civil em Santa Catarina registrou leve alta de 0,25% em novembro ante o mês anterior, resultando em R$ 1.198,03 o preço médio por metro quadrado para construções residenciais. Calculado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) da Grande Florianópolis, o índice reflete a variação dos custos do setor para a utilização nos reajustes dos contratos de obras em construção.
O resultado do CUB ficou bem abaixo do resultado do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do período, que teve alta de 0,57%, enquanto o Índice Nacional da Construção Civil (INCC-M) apresentou quase o mesmo aumento, de 0,22%.
  No acumulado de 2012, o CUB médio para Santa Catarina registrou variação de 6,23%, um avanço de 1,15% nos materiais, 10,39% na mão de obra e 11,11% nas despesas administrativas. Em relação aos últimos 12 meses, o CUB-SC apresentou alta de 6,34% no índice, correspondendo a 10,47% na mão de obra, 1,32% nos insumos para construção e 10,65% no custo administrativo. 

terça-feira, julho 03, 2012

Como se adaptar ao novo emprego

Você fez vários testes e entrevistas e o emprego finalmente é seu. Mas não vá pensando que o mais difícil já passou: a contratação é apenas o começo do teste para saber se você está realmente apto para a função

É nos primeiros meses de trabalho que o gestor avalia se o novo funcionário serve ou não para o cargo a que foi designado, e se ele realmente tem o perfil da empresa. Mas como é e quanto tempo dura essa fase de avaliação?
As responsáveis pelo departamento de Recursos Humanos da Univali, Cristina Rodrigues Barbosa e Clarice Jasper, concordam que o período de adaptação é decisivo.
“Nos seis primeiros meses há o que chamamos de curva de maturidade, mas com três meses já é possível conhecer o funcionário. Ninguém consegue se segurar por muito tempo sendo o que não é”, afirma Cristina.
De acordo com Clarice, as atitudes que devemos ter nos primeiros meses de trabalho são as mesmas que devemos levar para toda vida. É preciso, antes de tudo, ser profissional. Mas para não causar má impressão logo no começo, alguns cuidados são sempre bem-vindos.
“É importante evitar ao máximo as redes sociais no horário de trabalho, e procurar se comunicar pessoalmente com os colegas ao invés de mandar e-mail para alguém que senta ao seu lado”, recomenda. Aceitar convites dos novos colegas para almoços, jantares ou confraternizações é essencial. “Nem que você fique apenas 10 minutos”, aconselha Cristina.
Conhecer a hierarquia da empresa e entender que cada profissional possui um ritmo diferente de trabalho é o primeiro passo para não criar conflitos no novo ambiente de trabalho. Problemas de relacionamento com os novos colegas que possam afetar seu desempenho na empresa devem ser reportados aos seus superiores. Mas apenas se for algo pertinente e que vá realmente prejudicar sua função: nada de fofocas para o chefe.
De acordo com Cristina, é necessário também se colocar como aprendiz diante de colegas e de superiores. “O funcionário deve estar à disposição, e nunca argumentar que não foi contratado para determinado serviço”, adverte.
Outro aspecto que é preciso prestar atenção ao entrar em num novo ambiente de trabalho é a forma de se vestir, e um cuidado especial com o uso de acessórios, maquiagem, penteado e até a cor do cabelo. No caso do primeiro emprego, ter uma breve experiência já na vida acadêmica é indispensável. “É interessante que durante a faculdade a pessoa tenha feito algum estágio, assim fica mais fácil saber como se comportar em um ambiente de trabalho”, explica Clarice. 

A experiência dos egressos
Camilo Garcia, egresso do curso de Direito da Univali, passou por vários empregos durante a fase acadêmica. Além de subsidiarem as despesas com a faculdade, as experiências ainda lhe deram a prática do que era visto em sala de aula, e claro, uma maior facilidade para quando conseguiu seu primeiro emprego depois de formado. Mas apesar da facilidade adquirida com as experiências anteriores, para ele, essa fase de adaptação é sempre um desafio.
“Existe uma ansiedade em querer ter sucesso satisfazendo as expectativas dos chefes e dos colegas, respeitando a própria individualidade moral e os limites legais trabalhistas”, afirma.
Marjorye Andrade, formada em Administração na Univali, trabalha na multinacional Brasil Foods há quatro anos. Conseguiu o emprego quando ainda estava na faculdade, após um estágio e outro emprego. Apesar da expectativa e da insegurança que sentiu nos primeiros dias de trabalho, ela diz que sua adaptação foi muito rápida.
“Mas isso depende de pessoa pra pessoa, cada um tem seu ritmo. Para que possamos nos sentir adaptados, precisamos primeiro conhecer o ambiente onde estamos inseridos, a história da organização, sua missão, visão, seus valores, costumes e cultura”, explica a ex-aluna.
Camilo concorda que cada pessoa tem o seu tempo de adaptação, mas acredita que com um bom amparo dos colegas e funções bem definidas dentro da empresa, cinco meses é um bom período para se ter segurança. E dá a dica: “É importante deixar as coisas fluírem, não forçar atitudes ou aproximações. Os laços da relação vão surgindo com o tempo de trabalho, no começo é melhor focar no trabalho em si”.


Por Juliete Lunkes

Egresso de Design Industrial cria máquinas fantásticas

Quando Bruno Oro, egresso do curso de Design Industrial da Univali, era criança, gostava de desmontar seus carrinhos de controle remoto para ver como funcionavam. Hoje, ele é um premiado designer reconhecido mundialmente

Cansado de receber o mesmo insistente spam em sua caixa de e-mails, o egresso de Design Industrial da Univali, Bruno Oro, resolveu responder quanto chegou a oitava mensagem. Para sua surpresa, todos os e-mails daquele estranho remetente de procedência indiana não eram spam coisíssima nenhuma. Tratava-se de um representante da Raffles Millennium International, escola de design de Nova Deli, capital da Índia, convidando Bruno para ser professor.
Quando criança, ainda em Curitiba, cidade onde cresceu, Bruno gostava de montar e desmontar seus carrinhos de controle remoto para entender como eles funcionavam. Aos 12 anos, começou a fazer pequenos trabalhos na área de web design. Com 16, já estava ganhando um bom dinheiro trabalhando de freelancer em web design e design gráfico.
Em 2003, quando se mudou para Itapema com a família, já não restavam mais muitas dúvidas quanto ao que queria fazer da vida: foi estudar Design Industrial na Univali, da vizinha Balneário Camboriú. Para se sentir um profissional completo, ele, que já entendia de design gráfico, web design, design de produto e também de interiores, resolveu emendar à faculdade uma pós-graduação em Criação e Gestão de Moda.
Bruno sempre teve um ritmo de trabalho diferente do convencional. Certa vez, quando ainda estava na faculdade e fazia estágio, bateu na porta do home office de sua chefe às 6h30, argumentando que havia passado a noite em claro criando e não queria parar naquele momento. Com plena consciência de que não poderia ser funcionário de uma empresa tendo esses horários esquisitos, depois de formado, decidiu abrir sua própria empresa em Curitiba.
A Design O’clock surgiu com objetivo de oferecer aos clientes um pacote de design completo: gráfico, de interiores e de produto. A sociedade era divida com um amigo que vivia em Boston, nos EUA, o que fez com que firmassem parceria com estúdios de lá e atuassem tanto em Curitiba quanto na cidade americana.
Um dos grandes destaques entre os produtos que Bruno desenvolveu está o Dilus, uma espécie de eletrônico em forma de bicho de pelúcia destinado a crianças que passam por tratamento quimioterápico. Após uma longa pesquisa, Bruno percebeu que as crianças hospitalizadas perdiam muito em relação à continuidade de seus estudos e de socialização com amigos. Dessa forma, desenvolveu o aparelho, semelhante a um laptop, no qual se pode assistir vídeos, fazer vídeo conferências, entre outras funções, através de um display holográfico em 3D com projeção no ar.
A criação obteve repercussão mundial, e rendeu a Bruno o seu primeiro prêmio no International Design Awards (ele já recebeu três), além de publicações em diversas revistas, jornais e programas de televisão. Recentemente, um dos seus produtos, a "Banqueta Piet", ganhou destaque no livro Icon Product Yearbook 2012, vendido na Semana de Design de Londres, na 100% Design e Tent London (ambas, feiras reconhecidas do Reino Unido).  Segundo a crítica, a banqueta, que tem proposta sustentável, serve como banco, cadeira, mesa ou apoio de mão, e ainda é considerada artigo de decoração.
Entre os projetos de maior repercussão, está também um produto um tanto inusitado, quase inacreditável. Trata-se de uma máquina que permite a cópia e reprodução de alimentos com perfeição, sem precisar comprar os ingredientes e seguir uma receita.
Partindo do princípio de que tudo é feito de moléculas, e que elas estão presentes no ar, Bruno teve uma ideia: “Por que não usar algo que já é natural e está ao nosso redor para propor algo que escaneasse a composição de outras moléculas e reproduzisse uma copia fiel daquilo?”. Assim surgiu seu produto, chamado Home Sweet Home.
“Isso também vinha do fato de que eu moro sozinho há um bom tempo e cozinho supermal. Ou seja, seria uma maravilha apenas materializar certas comidas que gosto de vez em quando”, admite o designer.
O Home Sweet Home é um projeto feito parceria com designers da Electrolux, de um departamento que têm foco no desenvolvimento de conceitos para futuro. “Até esse momento já temos a composição da lasanha, sabemos como ela é formada. A partir desses dados, continuamos na mesma proposta de impressoras de prototipagem rápida, onde produtos 3D são impressos em poucos minutos, porém o foco aqui seria ‘imprimir uma lasanha'", conta Bruno sobre o experimento revolucionário.
Bruno reforça que esse é um produto conceito, cujo objetivo é quebrar os paradigmas sobre a forma de cozinhar e ter uma visão de futuro, que pode ou não acontecer. A ideia, que deu ao designer o terceiro International Design Awards, ganhou inclusive as páginas do jornal americano “The Sun”, impresso e distribuído na Região do Vale do Silício, a “Meca” da tecnologia.
Tanto reconhecimento em todas as partes do mundo fez com que, em 2010, Bruno recebesse aqueles e-mails estranhos que pensou não passarem de meros spams. Após acertada a ida e a contratação, partiu de mala e cuia em direção à Índia para atuar na Raffles Millennium International, onde hoje, além de professor, é também diretor do departamento de Design de Produto.
No novo país, Bruno teve que se habituar ao idioma hindi, à apimentada gastronomia e ao fato de as pessoas terem o costume de comer com as mãos. Sua empresa acabou ficando de lado, tanto pela falta de tempo para se dedicar a ela, quanto pela vontade de se entregar totalmente ao novo desafio de sua vida. “Queria gastar um tempo comigo e com minhas ideias. Resolvi que esse seria um período pessoal meu, em que eu me dedicaria aos meus projetos e continuaria dando minhas aulas por aqui”.


Por Juliete Lunkes

segunda-feira, junho 04, 2012

Egressa de Design de Moda lança coleção em Milão

Daniela Colzani formou-se na Univali em 2006 e há dois tem seu próprio ateliê na capital mundial da moda. Hoje a estilista é um dos principais nomes no segmento de corsets e em maio apresentou sua nova coleção em uma badalada casa noturna de Milão 

A estilista e egressa do curso de Design de Moda da Univali Daniela Colzani lançou em Milão, no dia 7 de maio, sua coleção outono/inverno 2013. Com um agitado desfile no Old Fashion Café, uma das mais badaladas casas noturnas da cidade, ela apresentou sua coleção inspirada no barroco moderno com mais de 20 looks diferentes.
Entre as modelos que participaram do desfile estava a musa da escola de samba carioca Mocidade Independente de Padre Miguel, Ana Paula Evangelista. “Foi um evento muito positivo, que abriu espaço para divulgar minha nova coleção a um público-alvo. A Ana Paula Evangelista é linda e arrasou na passarela. Já fechamos um acordo para ela produzir o catálogo da nova coleção da marca”, revela Daniela.
O desfile começou com peças de lingerie de luxo e terminou com vestidos de alta costura, trazendo uma releitura do estilo que predominou na Europa entre os séculos 16 e 18. “Todas as peças foram produzidas com atenção aos mínimos detalhes, com rendas francesas, brocados, bordados indianos, penas e aplicações de pedrarias em cristal, vidro, especialmente pedras preciosas da swarovski”, explica a estilista.
Formada na Univali em 2006, Daniela vive em Milão desde 2008, e há dois anos conta com seu próprio ateliê na capital mundial da moda. A egressa ficou conhecida no mundo da moda em 2010, quando venceu o concurso europeu de lingerie e corseteria The link/ Mare di Moda 2010, o mais importante do segmento na França. Desde então, a estilista se tornou uma das profissionais mais requisitadas da Itália no segmento de Corseteria, produzindo corsets feitos sob medida com preços que variam de R$ 400,00 a R$ 3.500,00.

Por Juliete Lunkes

sábado, junho 02, 2012

Vida de freelancer: fazendo seus próprios horários de trabalho

Trabalhar como freelancer pode ser uma boa alternativa para conciliar trabalho com estudo ou para quem gosta de liberdade para trabalhar. Confira algumas dicas, vantagens e a desvantagens apontadas por duas egressas que trabalham como freelancers

Fazer o seu próprio horário, trabalhar no aconchego do lar e ser dono do seu próprio negócio são algumas das razões que fazem profissionais de diversas áreas optarem por atuar como freelancers. Seja pela dificuldade em encontrar um trabalho fixo com um bom salário, por preferir ter certa liberdade no trabalho ou simplesmente pela necessidade de conciliar trabalho com estudo, o “frila” pode ser uma ótima alternativa.
É o caso da egressa do curso de Jornalismo da Univali, Ivana Ebel, que trabalha como freelancer desde 2008, quando foi morar em Bona, na Alemanha, para cursar mestrado. “Como não daria para conciliar um trabalho fixo com as aulas, acabei optando por trabalhar como freelancer”, conta a jornalista. Para ela, que estuda durante a semana e em horário comercial, se tornar freelancer é o que a ajuda a se manter no país. Seu primeiro trabalho foi para um guia de viagens da Editora Abril, com quem ela mesma fez o contato. Desde então, Ivana já fez diversos trabalhos, não apenas voltados para o jornalismo, mas em tudo que englobe comunicação.
Embora o trabalho autônomo na Alemanha seja a melhor opção para manter-se por lá, quando Ivana morava no Brasil, tinha um emprego fixo, e se não tivesse ido embora do país, admite que não entraria na vida de freelancer. Ela diz que por aqui a profissão não é muito valorizada. “Ninguém respeita a tabela de preços, se você pede o preço da tabela, fica sem o trabalho”, explica. Atualmente, Ivana deu uma pausa nos trabalhos de frila para entrar em um estágio na rede de televisão Deutsche Welle, e como irá emendar o doutorado, não sabe se volta a fazer frilas.
Ex-aluna do curso de Publicidade e Propaganda da Univali, Nataly Sudbrack, trabalha em seu “home office” há cerca de quatro anos. Em 2005, quando começou a vida profissional, teve alguns empregos fixos como auxiliar de impressão, produtora gráfica, e arte-finalista, sempre envolvida na parte de criação gráfica. E apesar de hoje preferir trabalhar em casa, por conta própria, foram esses empregos que acabaram rendendo contatos para que mais tarde começasse a trabalhar somente como freelancer.
Hoje, Nataly se orgulha do que conquistou nesses anos e por enquanto nem pensa em tentar um emprego fixo. “Consegui consolidar meu nome no mercado, tenho clientes maravilhosos, já fiz jobs para empresas grandes, sou procurada por clientes novos toda semana”, conta. Entre as inúmeras vantagens do trabalho autônomo, Nataly, que mora sozinha, aponta ainda o fato de poder viajar para visitar a família sempre que quer, já que as férias é ela mesma que se dá.
Mas apesar de todas as vantagens, ela também concorda que a vida de frila não é essa maravilha toda. “Você nunca sabe quanto vai ganhar por mês, então é preciso se esforçar muito. Outra coisa negativa é que por ser pessoa física, não tem emissão de nota fiscal, então até conquistar a confiança de uma empresa grande, demora”, explica Nataly.

Frilas dão dicas

Para quem pensa em trabalhar como freelancer ou entrou há pouco tempo na vida de autônomo, confira algumas dicas de Ivana e Nataly:

- Negocie com detalhes com o contratante para saber exatamente o que esperar. “Quando o trabalho é fixo você sabe o que esperar da pessoa, mas em frila não, então é importante negociar com clareza”, aconselha Ivana.

- Se esforce, tenha um bom ânimo e se policie. “É preciso se policiar, afinal, compromisso é compromisso. E é preciso respeitar o tempo do cliente também”, diz Nataly.

- Freelancer é trabalho e como todo trabalho, deve ser remunerado. “Se não for de seu interesse, não trabalhe de graça em troca de somente ter seu nome publicado no jornal”, aponta Ivana.

- Para Nataly, trabalhar no interior pode ser muito mais lucrativo. “Nosso mercado está saturado e cada semestre se formam mais e mais publicitários e designers que ficam por aqui por conta da vida bonita, festas, praias e cidade pequena. As cidades do interior vão te dar um futuro muito mais promissor do que o litoral.”

Por Juliete Lunkes

sexta-feira, maio 04, 2012

Especialista em RH analisa exposição nas redes sociais

Dê uma olhada nos seus posts no Twitter ou no Facebook. Se você trabalhasse no setor de recursos humanos de uma empresa, você contrataria alguém com o seu perfil? Veja como os recrutadores estão usando as redes sociais para selecionar candidatos. 
No Brasil, vasculhar as redes sociais dos candidatos não é uma prática ainda tão corriqueira, mas, nos Estados Unidos ela já é comum. Um estudo feito pela empresa americana Bull Horn Reach, mostra que por lá o LinkedIn, site focado em networking e currículo online, é uma das principais fontes de busca por profissionais. Segundo a pesquisa, 48% dos recrutadores que usam a internet para realizar seu trabalho utilizam o LinkedIn, enquanto apenas 1% faz a busca pelo Facebook e 1% no Twitter. Já a adesão das três redes juntas é utilizada por 21% deles. 
A professora Maria Clara de Jonas Bastos, especialista em Psicologia Organizacional e do Trabalho e mestre em Psicologia Social e da Personalidade, explica que a rede social não deve ser utilizada para aprovar ou reprovar, e sim para ajudar na escolha dos candidatos.
 De acordo com a especialista, não é para todo o tipo de vaga que isso efetivamente funciona. “O recrutador normalmente não procura candidatos de nível operacional nas redes sociais, ele não vai ter esse perfil na internet. Depende do ramo da empresa e da complexidade do cargo”, explica. A análise de comportamento, segundo ela, ocorre para cargos que vãoi representar a empresa, quando muitas vezes sua imagem é associada a ela.

E a privacidade? 

Nos Estados Unidos a tendência de pesquisar os nomes dos candidatos ultrapassou as barreiras da simples “varredura”. Segundo informações da agência de notícias Associated Press, que repercutiram em dezenas de publicações no mês de março, algumas empresas de Nova York chegaram a pedir o login e a senha de redes sociais dos candidatos para descobrir detalhes de sua vida em conteúdos restritos.
Para a professora Maria Clara, ir além do que o candidato está disposto a permitir não é a conduta que se espera de uma empresa idônea. “Um profissional de recursos humanos capacitado, que conhece outros instrumentos de seleção, não precisa fazer isso”, afirma.
Fabricio Bortoluzzi, professor dos cursos de Ciência da Computação e Tecnologia em Sistemas para a Internet da Univali, diz que sob nenhuma hipótese é sensato ceder a credencial de acesso aos seus perfis para outras pessoas. Ele acredita que redes específicas para contatos profissionais, como o LinkedIn, podem ser muito positivas na busca de emprego, porém, outras redes podem até fazer o efeito contrário, dependendo do seu uso.
“As redes sociais tradicionais, como o Facebook, podem jogar contra em alguns poucos casos, como quando o candidato demonstra hábitos incompatíveis com a cultura da empresa contratante”, salienta o professor.
As redes sociais são um poderoso raio-x de sua conduta. A especialista em RH, lembra que é importante as pessoas se preocupem desde cedo com aquilo que disponibilizam na internet, e não apenas quando forem profissionais em busca de colocação no mercado de trabalho. “Oconteúdo publicado pode ser resgatado depois. Na rede social, o que você lançou está lançado, você não pode se arrepender, está aí para o mundo”.

Fique atento

Maria Clara dá algumas dicas que podem ajudar você a repensar suas atitudes no mundo virtual:
- Atualizações frequentes no Twitter contando que você bebeu na festa de ontem e nem lembra como voltou pra casa, não chega a ser caso de eliminação do processo de entrevista, mesmo porque há outras formas de seleção, mas é um bom motivo para uma maior investigação.
- O ramo de atividade da empresa que você gostaria de trabalhar, a cultura dela, seus valores e normas, devem ser levados em consideração e ir ao encontro com as aspirações, objetivos e valores que você possui. E isso pode se refletir no conteúdo de suas redes sociais.
- Antes de postar qualquer coisa, pare e pense. Não seja impulsivo. É importante saber avaliar o que publica e ter consciência do preço a se pagar.
- Adicionar no Facebook um profissional influente da empresa que você gostaria de trabalhar pode até ser válido se ele estiver aberto a se relacionar com outros profissionais. Cabe a ele aceitar ou não a solicitação de amizade enviada ao seu perfil. Lembre-se que suas postagens chegarão até ele e isso pode criar julgamentos.

Já é possível “limpar” o nome na rede

Desde 2006, a empresa americana reputation.com se empenha em melhorar o nome de seus clientes na internet. O site não elimina as informações negativas do usuário, mas avisa toda vez que seu nome é mencionado em alguma página e melhora o ranking que as informações a seu respeito são disponibilizadas na web.
Informações positivas, como um portfólio, textos de sua autoria ou algum trabalho acadêmico publicado, ficam nas primeiras posições. Já aquelas informações não tão boas, como uma discussão desagradável em algum fórum na internet e até uma foto embaraçosa de uma festa de anos atrás, caem de posição.
O Reputation Defender, principal serviço do site, é pago, mas fazendo apenas um cadastro no site já é possível saber como anda a sua reputação e encontrar os melhores resultados sobre você na internet.

Por Juliete Lunkes

quarta-feira, abril 11, 2012

Universitários na melhor idade

Eles já passaram dos 60, estão estabilizados profissionalmente e não querem parar de estudar. Conheça a história de um acadêmico de Jornalismo e de um doutorando em Administração e Turismo que têm idade para ser pais ou avôs de seus colegas de aula.

Aos 64 anos, o médico Roberto Dávila está a alguns meses de sua colação de grau, dessa vez na faculdade de Jornalismo. O acadêmico que já cursou Ciências Biológicas, Medicina, Administração, Ciência Política e Direito – além de algumas pós-graduações – já fez as fotos para o convite da formatura e se dedica agora ao trabalho que vai apresentar para a banca no fim do semestre.
 A vontade de voltar para a vida acadêmica, mesmo já sendo um médico bem-sucedido, surgiu no começo da década de 1980, quando Roberto começou a participar de processos políticos eleitorais. Para entender melhor como administrar uma campanha política, decidiu entrar no curso de Administração. Depois de formado, achou que seria essencial ter a faculdade de Ciência Política no currículo. Graduou-se como o primeiro aluno da turma e, não satisfeito, foi fazer a matrícula no curso de Direito. Ele queria entender melhor os processos do partido nos tribunais eleitorais. Mais tarde, o Jornalismo surgiu da necessidade de elaborar bons artigos.
Além de passar boa parte do dia no hospital, Roberto também administra uma empresa de construção. Mas será que dá tempo de trabalhar tanto e ainda se dedicar a tudo o que uma faculdade exige? “Dá e sobra!”, garante o acadêmico. E o segredo para a abundância de tempo ele também revela: dormir pouco.
Roberto acorda todos os dias às 6h e já levanta no pique para cumprir todas as suas obrigações. “Tudo é feito mais ou menos metodicamente”, revela o aluno que não fica atrás de nenhum de seus colegas mais jovens nas funções acadêmicas. Aliás, sua relação com os colegas também costuma ser muito boa. “Não faço diferenciação e nunca sofri nenhum constrangimento”, conta.
Em julho deste ano Roberto sairá mais uma vez pelos portões da Univali com um diploma na mão, já garantindo que volta no ano que vem. “Mas dessa vez será algo voltado para mim e não para a vida política. Pretendo entrar no curso de Psicologia e também no de Música”, planeja. Depois disso, só o futuro dirá. O que não está nos planos é um dia parar de fazer uma das coisas que mais gosta: estudar.

Doutorado depois dos 60 

Graduado em Contabilidade em 1974, o professor Eloy Fenker decidiu dar continuidade aos estudos três anos antes de completar 60. Em meados da década de 1980, quando começou a cursar disciplinas do mestrado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), não se sentia motivado o suficiente e por isso não chegou a concluir a dissertação. “Na época, o mestrado ainda não era tão valorizado”, explica. Mas 17 anos depois de ter abandonado o curso, a história mudou.
Em 2007, Eloy entrou no Mestrado em Contabilidade, e dessa vez foi até o fim. Concluiu o curso em 2009, com 59 anos e, com um pique muito maior do que quando tinha 30, insistiu que ainda não era hora de parar os estudos. No ano seguinte, entrava no Doutorado em Administração e Turismo da Univali.
Para ele, cursar doutorado após os 60, já com uma bagagem de vida e experiência acadêmica, é ainda melhor, já que pode associar o estudo com atividades que ele já desenvolveu. “O estudo após os 60 anos não visa prioritariamente a preparação para a carreira profissional, mas uma realização pessoal, por isso ele é muito prazeroso”, explica. Como não tem tanta obrigação com desempenho, bolsa de estudos ou prazos rígidos para cumprir, Eloy considera que o estudo se torna muito mais leve, embora demande mais concentração e esforço do que para um jovem.
Assim como o acadêmico de Jornalismo Roberto Dávila, Eloy considera a relação com os colegas mais jovens muito construtiva: “Como tenho a vantagem da idade, sou visto de certa forma como alguém mais experiente e protetor, a quem muitos recorrem para pedir auxilio e tirar duvidas“.

Por Juliete Lunkes

sexta-feira, março 02, 2012

Networking - contatos ajudam a alavancar sua carreira

Fila do banco ou pós-graduação, todo lugar é lugar de fazer contatos. Veja o caso da egressa Andreia Belaus e entenda por que, cada vez mais, construir uma rede de relacionamento significa estar em contato com as melhores oportunidades. 

Ao concluir o curso de Psicologia na Univali, em 2000, Andreia Belaus, hoje supervisora de Desenvolvimento Humano da empresa Gomes da Costa, sentia que precisava ser conhecida na sociedade para conseguir o seu primeiro trabalho. Recém-formada, não tinha dinheiro para montar um consultório ou uma empresa e não encontrava vagas na sua área. “Eu morava em Itapema, que na época era uma cidade que vivia basicamente da temporada, com poucas empresas”, lembra.
Foi então que decidiu dar um passo ousado para suprir a necessidade de se tornar conhecida: procurou a promotora de justiça no Fórum da cidade e ofereceu atendimento gratuito às famílias com processos tramitando na comarca. “A promotora adorou a ideia, mas no Fórum não tinha sala, então conseguimos uma no CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) de Itapema”. Circulando diariamente dentro do CDL, Andreia acabou conhecendo e fazendo contatos com vários empresários da cidade, e após um ano trabalhando como voluntária, foi convidada para fazer o seu primeiro trabalho de consultoria. A história de Andreia é apenas um dos tantos exemplos de inserção no mercado de trabalho que se deu por uma boa rede de contatos, ou em uma linguagem mais atual, um bom networking.
Mas uma coleção de cartão de visitas, uma conta no LikedIn recheada de contatos ou uma velha agenda carregando centenas de nomes e telefones não bastam para um bom networking se não forem constantemente alimentados e atualizados.
De acordo com Caio Santangelo, coordenador do curso de MBA em Gestão Estratégica de Varejo e Vendas da Univali, uma boa rede de contatos profissionais deve começar a ser brotada já durante a graduação, no momento da escolha profissional. Mas, segundo ele, um bom banco de dados não basta se você não tiver o CHA. E ele não está falando da bebida. “O CHA, com letra maiúscula, significa conhecimento, habilidade e atitude. Se você não tiver o CHA, de nada adianta o networking”, enfatiza.
A egressa do curso de Administração da Univali, Karina Alves, é pós-graduada em Gestão de Pessoas e começou sua vida profissional por causa do networking, já na faculdade. Quando entrou no curso de Administração, Karina estava em busca de um emprego na área. Conversou com colegas, fez contatos e não tardou em conseguir uma vaga de auxiliar de departamento pessoal. Mais tarde, quando concluía a pós-graduação, os contatos feitos durante a faculdade novamente lhe deram um rumo. A indicação feita por uma colega da época foi o trampolim para que hoje Karina coordene uma equipe de Recursos Humanos.
Para ela, a rede de relacionamentos que começou a ser alimentada desde cedo foi essencial para a sua carreira. Hoje, bem posicionada profissionalmente, utiliza o networking com outro objetivo: as indicações. “Acredito que o maior número de contatos e bons relacionamentos que a pessoa tem pode um dia favorecer para uma ótima colocação profissional, e foi o que aconteceu comigo. Sempre que posso indico os profissionais que também conheço”.

Fila do banco ou pós-graduação, todo lugar é lugar de fazer contatos

Mas, como começar a estabelecer uma boa rede de contatos? Segundo o professor Santangelo, um networking se constrói no dia a dia. “Pode ser na fila do banco com um cartão de visitas, em eventos, feiras, participando de entidades de classe, ONGs, confraternizações. Tudo depende de um bom marketing pessoal”. As redes sociais ele diz que também são excelentes ferramentas de networking, desde que usadas com esse objetivo. Sejam as específicas para networking, como o LinkedIn, ou mesmo redes mais genéricas como o Twitter e o Facebook.
De acordo com Santangelo, um curso de MBA é outra excelente ferramenta de networking. Lá se misturam profissionais de diversas áreas, diferentes hierarquias e cargos, todos em busca de conhecimento para ser aplicado em seu campo. Fato comprovado por Andreia Belaus, que mais tarde, já inserida no mercado de trabalho, também cursou MBA em Estratégia Organizacional. “No MBA praticamente todos estão no mercado e a troca de experiências é muito gratificante. Acabamos recrutando pessoas interessantes, enviando seus currículos para amigos de outras empresas, é uma rede”, conta.
Os principais erros que podem ser cometidos em uma rede de contatos, segundo o professor Santangelo, é mantê-la desatualizada, demorar a fazer o contato e utilizar apenas quando você está necessitando. “É preciso alimentar os laços, manter uma relação com a rede de contatos, não ficar dois anos sem falar com a pessoa. É preciso oferecer ajuda, não ir atrás apenas quando você precisa”, explica. Os spams ele diz que são outro grande erro que deve ser evitado em uma rede de contatos. “É preciso ter bom senso. O banco de dados deve ser segmentado para não mandar coisas que não interessem às pessoas."

Por Juliete Lunkes

quinta-feira, janeiro 26, 2012

Entrevista: o mercado de trabalho em 2012

Final de ano é hora de rever o que deu e o que não certo ao longo do ano e tentar por em prática novos desafios que vem chegando. Para saber quais serão as perspectivas econômicas, de emprego e negócios para 2012, o Conexão Egresso conversou com o professor do curso de Administração da Univali, Fernando Cesar Lenzi, que é doutor em Administração, secretário municipal de Administração de Blumenau e consultor do Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). 

Conexão Egresso - Recentemente foram divulgados dados que, devido a crise financeira internacional, a criação de empregos caiu 40% no mês de outubro em relação ao mês anterior, sendo o menor número no mês desde a crise de 2008. Você acha que a crise poderá continuar desacelerando a criação de empregos no Brasil no próximo ano?
Lenzi -
Esses dados divulgados em relação a criação de emprego são genéricos. Lógico que diminuindo o nível de empregos na área operacional, acaba diminuindo também o nível de oportunidades no mercado de trabalho. Mas mesmo com o mercado aquecido, sempre há uma falta de profissionais, então essa desaceleração vai equilibrar o mercado. Mas o profissional preparado, diferenciado, não sente a crise, independentemente da formação. Aquele profissional que está preparado não apenas de forma intelectual, mas principalmente de atitude perante esse mercado, não sente a crise, porque esse profissional é demandado pelas empresas. E isso não tem a ver com tempo de experiência. Um profissional recém-formado pode ter uma atitude em relação ao seu trabalho que o diferencie dos demais.

Conexão Egresso - Apesar dessa queda, alguns setores apresentaram desempenho positivo na geração de empregos, como o setor de serviços, seguido pelo setor de comércio. Que áreas você acha que poderão gerar mais empregos em 2012?
 Lenzi - O setor industrial está perdendo espaço. Não que ele não seja necessário, ele é. Mas se há 20 anos o setor industrial era responsável pela maior parte dos empregos, não quer dizer que a geração de empregos na indústria tenha diminuído. Quer dizer que ela estagnou e os outros cresceram. Então, o setor de serviços e o setor de comércio cresceram muito. O da indústria ficou mais competitivo, mas ela não funciona mais sem o setor de tecnologia, por exemplo. E não digo apenas a tecnologia da informática. É a tecnologia de serviços, de diferenciação, de estratégias para lidar com esse mercado comercial. E aí é um ciclo econômico. Quanto mais você gera riqueza no mercado, mais circula capital, e mais se gasta no comércio. Não quer dizer que o setor de serviços seja o mais representativo na geração de empregos, mas é o de maior crescimento, e o comércio vem de carona com o aquecimento do mercado. Então há uma tendência muito grande no setor de serviços, no setor de tecnologia e no setor de alimentação, que está cada vez mais forte.

Conexão Egresso - Quais devem ser as ambições e como deve se preparar o profissional que está concluindo agora a graduação e que em 2012 vai entrar no mercado de trabalho?
Lenzi - Primeiro é preciso ter uma visão do futuro. O que eu quero ser? Como o mercado deve me reconhecer? Como eu quero ser reconhecido daqui a dez anos no mercado? A visão de futuro é o principal aspecto relacionado à formação empreendedora, independente da profissão. Outro fator fundamental é a atitude positiva em relação às coisas. Não dá para trocar uma ação por uma desculpa. Enquanto você está se desculpando por algo, você está deixando de fazer algo que poderia dar certo. O profissional de hoje deve estar no mercado para resolver problemas, e não para falar de problemas. Olhar para frente de cabeça erguida, no sentido de conseguir enxergar as oportunidades também é fundamental. Quando estamos com a cabeça baixa, não vemos a perspectiva de crescimento que há no mercado. Então dentro do principio da visão de futuro e foco no resultado dessa visão de futuro, acho que é tudo o que a gente precisa ter de forma prática. O mercado não busca apenas técnica. Ele busca um conjunto de comportamentos.

Conexão Egresso - E como será o ano para quem pretende abrir um negócio? Como se preparar para isso?
Lenzi - O segundo maior sonho do brasileiro é ter o próprio negócio, só perde para a casa própria. Mas muitos desses sonhos acabam se tornando pesadelo, pois 60% das empresas ainda fecham até o terceiro ano. Eu tenho que olhar para esses 60% e entender por que elas fecham. E dez das principais causas da mortalidade das empresas são fatores controláveis por ação do empreendedor. Não é porque o mercado é competitivo, não é por causa dos altos tributos cobrados, não é porque os funcionários não trabalham. É por atitudes do próprio empreendedor. São coisas simples, porém complexas, como falta de planejamento, de análise de mercado, de cálculo de custo e até mesmo o nepotismo dentro da empresa. São fatores desse tipo, de atitudes do próprio empreendedor, de planejamento e técnicas gerenciais que levam a um resultado melhor, independentemente da área de formação. Nas universidades todos os cursos deveriam ter ao menos uma disciplina que dê essa visão de planejamento aos acadêmicos.

Conexão Egresso - Que áreas você acha que serão mais promissoras para novos negócios?
Lenzi - É muito relativo. Mais do que a área, o que está por trás do empreendedor de sucesso é a atitude. Às vezes você tem duas pessoas no mesmo segmento de negócio, uma vai bem e a outra vai mal. Enquanto um monta o negócio e só espera as pessoas entrarem, outro está batalhando, correndo atrás, participando de associações empresariais e outros meios que acabam o tornando conhecido como uma referência naquilo que ele está fazendo. Então quando a gente fala de áreas promissoras, é muito relativo, mas como te falei, a área de tecnologia é bola da vez, qualquer área de serviço que possa atender os segmentos empresariais também acaba tendo essa oportunidade aberta, assim como o setor de alimentação e os relacionados a serviços automotivos. Outra área de conhecimento muito forte e que há cinco anos era novidade é o design. Era difícil até de se colocar no mercado, e hoje ele está conectado a diversos segmentos profissionais. E para a nossa região, o turismo continua tendo um campo sensacional pela frente.

Conexão Egresso - E quem tem o sonho de abrir uma empresa, mas quer segurança e tem medo de correr riscos?
Lenzi -
Não abra. Quem quer abrir uma empresa para ter segurança e não correr riscos, não abra. A pessoa que pensa dessa forma ainda não está preparada para abrir uma empresa.

Conexão Egresso - As micro e pequenas empresas podem ser consideradas uma boa opção para quem estará entrando no mercado de trabalho no próximo ano?
Lenzi -
A tendência hoje é essa. O segmento da pequena empresa é o que mantém o mercado hoje em movimento. Não é o tamanho da empresa que determina se ela é boa ou não, é a rentabilidade que ela gera. Para um profissional recém-formado entrar em uma pequena empresa é uma excelente oportunidade, primeiro porque é mais fácil o seu trabalho aparecer e você pode aprender de tudo um pouco. Dificilmente em uma grande empresa você aprende de tudo um pouco, porque lá você fica setorizado, vai ser especialista naquele setor, mas há uma dificuldade de ter uma visão do todo. É importante pensar até que ponto isso está conectado com a minha visão de futuro. Se trabalhar em uma empresa pequena contribui para aquilo que eu quero daqui a cinco ou dez anos, perfeito. Mas se não tem nada a ver, então por que trabalhar lá?

Por Juliete Lunkes

Publicada no Portal do Egresso Univali