sábado, janeiro 31, 2015

O Rappa se apresenta neste sábado em Florianópolis


Depois de uma pausa de dois anos, entre 2009 e 2011, e um total de cinco sem lançar nenhum disco de inéditas, em 2013 O Rappa voltou com dez novas faixas mostrando que de fato tem papel fundamental na música brasileira. Com o lançamento do disco “Nunca Tem Fim...”, que em três meses vendeu surpreendentes 40 mil cópias, em plenos tempos de downloads piratas, a banda provou de vez que os boatos sobre um fim iminente, que já rondaram o grupo em diversas ocasiões, são realmente infundados. E é com ênfase no trabalho mais recente que Falcão (voz), Lobato (bateria), Xandão (guitarra) e Lauro Farias (baixo) chegam a Florianópolis neste sábado, onde se apresentam no Devassa On Stage, com apoio do Destino SC, do Grupo RIC.
Para o baterista Marcelo Lobato, o longo hiato de cinco anos sem liberar aos fãs qualquer material inédito se tornou uma forma natural para a banda de lançar trabalhos somente quando acham que realmente chegou a hora. “A história já é meio assim faz tempo, levamos em torno dois anos e meio para lançar um disco, é uma coisa natural. Antigamente era diferente, todo ano esperavam por um disco, hoje há mais preocupação em fazer algo bem feito, sem cobranças. Tem que estar em um momento legal”, afirma o músico. “Ficamos esse período parados e foi muito bom. Quando voltamos, a energia estava revigorada, porque banda é como um casamento. É preciso ter a sabedoria para parara na hora certa”, acrescenta.
Junto com o sucesso de “Nunca Tem Fim...”, O Rappa voltou às origens ao decidir lançá-lo também em formato vinil, atingindo tanto uma geração saudosa quanto a que está descobrindo agora os LPs. “Os primeiros discos da banda saíram em vinil, depois virou algo só paras o DJs e então voltou. É algo especial e bonito, que se faz aqui mesmo no Brasil e com qualidade. Eu ouço bastante, é algo que exige paciência, tirar da capa, colocar no toca-discos, virar de lado depois de 20 minutos, e a galera mais nova está se ligando nisso”, conclui Lobato.

Sem soar repetitivo
Com seis discos de estúdio na bagagem e outros cinco de coletâneas e de apresentações ao vivo, O Rappa hoje tem uma gama de opções para rechear o repertório a cada show, que ocorrem em média três vezes por semana, o que, de acordo com Lobato, consegue tornar as apresentações bem pouco repetitivas. “A montagem do repertório é bem natural, e como a gente toca muito, fica fácil. O Falcão é mestre em cantar músicas que não tocamos há tempos. Não repetimos tanto o repertório porque temos um leque bem grande, colocamos inclusive músicas de outros artistas também, não fica uma coisa burocrática”, considera o baterista.
Para o show deste sábado o repertório da banda segue dando mais atenção ao trabalho mais recente, que ainda tem muitas músicas em fase de experimentação ao vivo.  “Atualmente estamos priorizando o ‘Nunca tem fim...’, mas fazemos também um apanhado de toda a carreira. Ainda estamos testando ao vivo algumas coisas desse disco, alterando algumas coisas, mas tem sido muito prazeroso tocar as músicas dele. Nos shows também temos sempre um cenário gráfico, tem um lado viajante nele, uma coisa lisérgica”, conclui o músico.

Publicado no jornal Notícias do Dia