sexta-feira, janeiro 23, 2015

Americana Kesha desembarca em Florianópolis na próxima semana

Em 2010, quando “Tik Tok” se espalhou pelo mundo e virou hit certeiro na balada, no carro, na academia e nos fones de ouvido em qualquer outra circunstância, a loirinha Kesha, dona da música, também começou a chamar atenção pela sua personalidade. Ela era autêntica, mas não chegava à excentricidade de Lady Gaga, e era bonita, sem necessariamente ser um sex symbol como a Beyoncé. Assim, conquistou seu espaço na música pop sem nunca deixar de reconhecer o lado esquisito que carrega até hoje. No dia 30 de janeiro, a cantora de 27 anos, nascida em Los Angeles já praticamente sob holofotes, desembarca pela primeira em Florianópolis, onde estende sua turnê pelo Brasil no Devassa on Stage.
 Filha da cantora e compositora Pebe Sebert, que fez certo sucesso na década de 1970 no cenário roqueiro americano, Kesha foi criada com a liberdade de ser o que quisesse, desde que nunca deixasse de ser ela mesma. “Eu sinto que cresci em um ambiente muito real que insistia para que eu fosse eu mesma. Eu fui encorajada a fazer minhas próprias roupas e ser totalmente quem eu era. Às vezes eu era meio estranha, me vestia de maneira muito esquisita, mas minha mãe me encorajou a ser eu mesma, e eu quero que através das minhas músicas outros jovens também se sintam confiantes e sejam eles mesmos”, revelou a cantora em entrevista por e-mail ao Notícias do Dia.
Da mãe, além da influência musical e da liberdade para criar, Kesha também acabou ganhando parcerias para suas músicas nos dois álbuns que já lançou. “Minha mãe é uma compositora incrível. Ela colaborou em muitas das minhas músicas, incluindo “Canibal” e “Your Love Is My Drug”, apenas para citar algumas. Ela sempre me estimulou a seguir com a minha carreira musical”, declara.
Apesar do sucesso pelos palcos do mundo todo com o microfone em punho, Kesha sempre se considerou muito mais uma criadora, escrevendo músicas inclusive para outros astros do pop. “Eu me considero em primeiro lugar uma compositora. Eu penso na estética que eu quero trazer para a minha música de maneira tridimensional. Eu penso numa estética e vou atrás dela, e também no que vou vestir e como será a coreografia para as ideias dos meus videoclipes”.

Mais blues, menos pop

Sem gravar disco novo desde 2012, quando lançou “Warriors”, sucessor do álbum de estreia “Animal” (2010), Kesha afirma que desde então vem trabalhado constantemente em novas músicas. Já no mesmo ano, rumores de que o disco mais recente não havia agradado tanto à cantora se espalharam e a expectativa dos fãs na época era de que um novo chegasse em breve. Mas passados três anos, a espera ainda predomina. “Eu estou trabalhando em músicas novas todos os dias. Não sei quando estarei pronta para gravá-las, mas só sei que há uma abundância de novas músicas esperando para o mundo ouvir”, afirma.

Sempre influenciada por artistas de estilos bastante distintos, de Madonna a The Velvet Underground, passando por Beastie Boys, a cantora assume que não está muito ligada no quem tem surgido de novo na música pop, mas conserva uma rotina bem musical. “Honestamente eu ando ouvindo muitos discos de blues antigos, e não tenho ouvido nada de música nova. Eu gosto de pegar um disco de vinil e ouvir várias vezes seguidas”, revela a cantora

Publicado no jornal Notícias do Dia