quinta-feira, junho 19, 2014

Banda paulistana Bixiga 70 é uma as atrações do feriadão em Florianópolis

Há aproximadamente quatro anos um grupo de dez músicos já conhecidos da cena paulistana decidiu unir instrumentos e experiências para dar origem ao Bixiga 70, nome alusivo ao boêmio bairro da cidade em que está localizado o estúdio Traquitana – onde todos eles já desenvolviam trabalhos –, e ao número do prédio. Em uma aposta certeira na mistura de ritmos africanos com jazz, música negra americana, caribenha, dub e rock, a superbanda instrumental desde então já se habituou aos palcos de todo o país, e também aos voos internacionais, e chega amanhã a Florianópolis com o show de lançamento de seu segundo disco. O Bixiga 70 sobe ao palco do Green Park, onde também se apresentam o músico Curumin e o grupo de percussão e dança africana Abayomi, em uma das atrações que recheiam a programação do feriadão na Ilha.
Apesar de juntar uma dezena de cabeças cheias de ideias e referências musicais, desde as composições do primeiro álbum, lançado em 2011, a banda consegue agregar habilidades de todos os integrantes nos arranjos. “Temos um processo de composição coletivo, todo mundo está confortável, todos nós temos experiências anteriores de outros projetos e há uma maturidade para explorar o que cada um propõe”, explica o trompetista Daniel Gralha.
E não é só no estúdio que o entrosamento do grupo parece fluir com perfeição. As apresentações ao vivo, sempre cheias de energia, já renderam ao Bixiga 70 convites para importantes festivais internacionais, como o Felabration, na Holanda, o Roskilde, na Dinamarca, e o Aux Heures d'Eté, na França, locais que juntam um considerável público interessado pelo que vem do Brasil.
“Fora do país, especialmente na Europa, há um circuito e uma valorização maior da musica instrumental, e não só dela. Agora, em relação ao público a recepção é a basicamente a mesma que temos em shows no Brasil, porque não há uma barreira de idioma”, pontua Daniel.


Segundo o músico, a vinda à Capital catarinense supre uma necessidade antiga que a banda sentia de vir mais vezes para a região sul. “A gente tenta, tenta, tenta ir para o sul e é sempre complicado, então estão muitos felizes de poder tocar aí agora. Vamos com o repertório do show de lançamento do segundo disco, que também tem algumas do primeiro e também faixas inéditas”, adianta.

Publicado no jornal Notícias do Dia