O que você está ouvindo agora?
Ele é mais do que uma simples rede virtual. De acordo com o grupo que o gerencia, “é um serviço que aprende as músicas de que você gosta”. Assim é o Last Fm: você entra no site, faz seu cadastro, instala o software para o programa em que você ouve músicas e continua ouvindo-as como costumava. Depois de criar um perfil no site com seus dados, o Last Fm registrará as músicas que você ouve em tempo real, criando listas que são exibidas na página principal do usuário. Essas listas são divididas em “Os artistas mais ouvidos”, “As músicas mais ouvidas” e “As últimas faixas executadas”.
Mas essa não é a melhor parte. O Last Fm ainda permite que você participe de grupos, que funcionam mais ou menos como as comunidades do Orkut. Você também pode procurar pessoas com gosto musical parecido com o seu e adicioná-las aos seus amigos. O Last Fm também dá dicas de pessoas que ouvem as mesmas bandas que você e mede sua compatibilidade musical com todos os usuários através de uma barrinha que vai de “muito baixa” a “super”.
Os usuários podem colaborar com as páginas dos artistas enviando fotos e escrevendo biografias dos músicos. Nas páginas dos artistas também é possível que o internauta classifique o gênero e faça uma relação de bandas que tem um estilo parecido. Dessa forma, os demais usuários podem conhecer bandas semelhantes às que costuma ouvir. Se preencher corretamente no cadastro a cidade em que mora, o usuário é avisado dos próximos shows perto dele, poderá marcar no perfil se estará presente e encontrar pessoas que também irão.
Com tantos mecanismos e aproximadamente sete anos de existência, por que então o Last Fm nunca foi tão popular no Brasil quanto Orkut ou Twitter? Para o estudante de jornalismo Vinícius de Oliveira, 23 anos, ao contrário dos demais sites de relacionamento, para alguém se cadastrar no Last Fm é imprescindível que seja fanático por música. O Last Fm é o tema do trabalho de conclusão de curso desse aficcionado que passa em média 10 horas por dia em frente ao computador.
Segundo o estudante, os usuários do Last Fm são constituídos em sua maioria por pessoas com um estilo mais alternativo, que gostam de rock, pop e música eletrônica. “São pessoas mais atreladas à música, que tem mais tendência a fuçar e conhecer coisas novas.”, afirma. De acordo com as pesquisas realizadas por ele, a maior parte dos usuários brasileiros do Last Fm pertence à região sul e sudeste do país. “Coincidência ou não, são quem tem um maior poder aquisitivo.”
Definindo seu gosto musical
A estudante Laura Maia Martins, 15 anos, é usuária do Last Fm desde maio de 2008, como entrega seu perfil de usuário. Ela conheceu o site através de um amigo e deixa sua página do Last Fm aberta durante todo o tempo em que estiver conectada a internet. “Costumo deixar a página aberta e ficar atualizando para checar se há mensagens novas. De vez em quando dedico mais tempo ao site, procurando novas bandas.” diz.
Assim como Vinicius, que assume ter descoberto seu gosto musical através do Last Fm, Laura, e grande parte dos usuários, admitem ter formado sua preferência musical fuçando nas páginas dos artistas no Last Fm. “A maioria das bandas de que mais gosto, conheci através do Last Fm.”, afirma a jovem. Para Vinicius, além de formar o gosto musical dos usuários, a principal função do Last Fm é juntar pessoas com interesses em comum. “A base da internet é a interação e o compartilhamento”, diz.
Por trás do Last Fm
A idéia começou com uma simples brincadeira de um universitário inglês. O estudante rastreava músicas que ele e seus amigos ouviam no computador através de um sistema chamado Audioscrobbler. Anos mais tarde, o Last Fm surgiu reunindo este sistema de rastreamento juntamente com a idéia de uma gravadora online que divulgava bandas independentes ainda no século XX. O objetivo era democratizar a música. Cada um deveria ouvir o que quisesse, e não o que as rádios impõem.
Atualmente a equipe do Last Fm é formada por 62 membros que se reúnem diariamente em um escritório na região leste de Londres para ajudar a mudar a maneira como as músicas são descobertas e divulgadas. Além da equipe que trabalha diretamente no escritório do Last Fm, existem também os moderadores, que são de todas as partes do mundo e colaboram para manter o bom funcionamento da rede.
Matéria publicada no jornal universitário Cobaia
Por Juliete Lunkes
Mas essa não é a melhor parte. O Last Fm ainda permite que você participe de grupos, que funcionam mais ou menos como as comunidades do Orkut. Você também pode procurar pessoas com gosto musical parecido com o seu e adicioná-las aos seus amigos. O Last Fm também dá dicas de pessoas que ouvem as mesmas bandas que você e mede sua compatibilidade musical com todos os usuários através de uma barrinha que vai de “muito baixa” a “super”.
Os usuários podem colaborar com as páginas dos artistas enviando fotos e escrevendo biografias dos músicos. Nas páginas dos artistas também é possível que o internauta classifique o gênero e faça uma relação de bandas que tem um estilo parecido. Dessa forma, os demais usuários podem conhecer bandas semelhantes às que costuma ouvir. Se preencher corretamente no cadastro a cidade em que mora, o usuário é avisado dos próximos shows perto dele, poderá marcar no perfil se estará presente e encontrar pessoas que também irão.
Com tantos mecanismos e aproximadamente sete anos de existência, por que então o Last Fm nunca foi tão popular no Brasil quanto Orkut ou Twitter? Para o estudante de jornalismo Vinícius de Oliveira, 23 anos, ao contrário dos demais sites de relacionamento, para alguém se cadastrar no Last Fm é imprescindível que seja fanático por música. O Last Fm é o tema do trabalho de conclusão de curso desse aficcionado que passa em média 10 horas por dia em frente ao computador.
Segundo o estudante, os usuários do Last Fm são constituídos em sua maioria por pessoas com um estilo mais alternativo, que gostam de rock, pop e música eletrônica. “São pessoas mais atreladas à música, que tem mais tendência a fuçar e conhecer coisas novas.”, afirma. De acordo com as pesquisas realizadas por ele, a maior parte dos usuários brasileiros do Last Fm pertence à região sul e sudeste do país. “Coincidência ou não, são quem tem um maior poder aquisitivo.”
Definindo seu gosto musical
A estudante Laura Maia Martins, 15 anos, é usuária do Last Fm desde maio de 2008, como entrega seu perfil de usuário. Ela conheceu o site através de um amigo e deixa sua página do Last Fm aberta durante todo o tempo em que estiver conectada a internet. “Costumo deixar a página aberta e ficar atualizando para checar se há mensagens novas. De vez em quando dedico mais tempo ao site, procurando novas bandas.” diz.
Assim como Vinicius, que assume ter descoberto seu gosto musical através do Last Fm, Laura, e grande parte dos usuários, admitem ter formado sua preferência musical fuçando nas páginas dos artistas no Last Fm. “A maioria das bandas de que mais gosto, conheci através do Last Fm.”, afirma a jovem. Para Vinicius, além de formar o gosto musical dos usuários, a principal função do Last Fm é juntar pessoas com interesses em comum. “A base da internet é a interação e o compartilhamento”, diz.
Por trás do Last Fm
A idéia começou com uma simples brincadeira de um universitário inglês. O estudante rastreava músicas que ele e seus amigos ouviam no computador através de um sistema chamado Audioscrobbler. Anos mais tarde, o Last Fm surgiu reunindo este sistema de rastreamento juntamente com a idéia de uma gravadora online que divulgava bandas independentes ainda no século XX. O objetivo era democratizar a música. Cada um deveria ouvir o que quisesse, e não o que as rádios impõem.
Atualmente a equipe do Last Fm é formada por 62 membros que se reúnem diariamente em um escritório na região leste de Londres para ajudar a mudar a maneira como as músicas são descobertas e divulgadas. Além da equipe que trabalha diretamente no escritório do Last Fm, existem também os moderadores, que são de todas as partes do mundo e colaboram para manter o bom funcionamento da rede.
Matéria publicada no jornal universitário Cobaia
Por Juliete Lunkes