Mostrar ao Brasil a riqueza do design produzido em Santa
Catarina e popularizar seu conceito para quem ainda acha que a palavra soa como
algo sofisticado e distante. Essas são as metas centrais da Bienal Brasileira
de Design, que a partir da próxima sexta-feira (15) começa a espalhar por
Florianópolis a importância de se pensar um objeto, especialmente os voltados
ao uso comum. Assim, com o mote “Design Para Todos”, a principal exposição, com
abertura marcada já para o primeiro dia, vai disseminar o uso de produtos para
todas as camadas sociais, respeitando a diversidade.
“A intenção da bienal é valorizar a produção local e mostrar
que design não é para privilegiados. Há uma tendência em as pessoas acharem
isso, mas o design está em tudo, na cadeira que você senta, na entrada do seu
prédio. Nosso objetivo é difundir a informação sobre o design”, destaca Freddy
Van Camp, curador da bienal. Escalado para assumir o evento aos 45 do segundo
tempo, quando parte da equipe se desligou da organização, Freddy pegou “o bonde
andando”, mas desde então tem dedicado seus dias a fazer a bienal acontecer,
contestando ter tentado colocar sua identidade nela. “Assim fica parecendo que
a gente quer personalizar a coisa, e não é isso. Eu me baseei no trabalho da
curadoria anterior, que foi bem feito. Se eu estivesse desde o início, talvez
fizesse alguma coisa diferente”, esclarece.
As seis exposições oficiais da
bienal abrem entre os dias 15 e 23 de maio, assim como seminário internacional,
realizado nos dois primeiros dias do evento. Além disso, uma série de outras
mostras, workshops e palestras vão integrar a programação paralela, que seguirá
ao longo de toda a bienal, até 12 de julho. Freddy estará em Florianópolis
durante boa parte do evento, na abertura das mostras oficiais, na mediação do
seminário e em visitas guiadas. E está pronto para todas as reações. “Sei que
vou receber críticas, estou preparado para isso. Aliás, já estou recebendo antes
de começar”, afirma o curador. “Estou feliz com a equipe que está nos ajudando.
A bienal quase não aconteceu e muita gente vai se surpreender com ela,
principalmente com a produção local. O visitante deverá tirar o máximo dela”.
Publicado no jornal Notícias do Dia